Entre o Instante e o Infinito: o Meu Lugar Preferido

O tempo é um conceito que nos fascina. Desde os tempos mais remotos, o ser humano tem tentado compreender o que é o tempo e como ele funciona. Algumas civilizações antigas relacionavam o tempo com o movimento dos corpos celestes, enquanto outras associavam o tempo com o envelhecimento ou com a decadência das coisas. Hoje, sabemos que o tempo é uma dimensão complexa, que pode ser medida e manipulada de muitas maneiras.

Mas existe um tempo que não pode ser medido, nem manipulado: o tempo interior. É o tempo que sentimos passar quando estamos ansiosos ou nervosos, ou quando estamos relaxados e tranquilos. É o tempo que flui quando estamos em sintonia com o universo, quando nos sentimos parte de algo maior do que nós mesmos. É um tempo que não tem relação com o relógio ou com o calendário, mas que é muito importante para o nosso bem-estar emocional e espiritual.

Nesse tempo interior, existe um espaço muito especial, que eu considero o meu lugar preferido: é o espaço entre o instante e o infinito. Este espaço é difícil de definir, pois não é um espaço físico, mas sim um espaço de consciência, de percepção. É um espaço onde o pensamento se aquieta, a mente se abre e a alma se expande.

Quando estamos neste espaço, tudo se torna possível. O futuro não é mais uma fonte de preocupação, o passado não é mais uma fonte de arrependimento. Estamos aqui, agora, neste instante divino, que é capaz de nos conectar com a eternidade. É como se estivéssemos flutuando em um mar de possibilidades, em que cada pensamento, cada sentimento, pode se manifestar em sua plenitude.

Para mim, esse espaço é um lugar de meditação. Quando medito, crio uma ponte entre o instante e o infinito, permitindo que a minha mente se abra para a intuição, para a sabedoria interior, para a magia do universo. É um espaço de cura, de renovação, de transformação. Quando medito, sinto-me preenchida de uma energia amorosa, que me conecta com tudo o que existe.

Mas este espaço não é exclusivo da meditação. Podemos encontrá-lo na natureza, contemplando o nascer ou o pôr do sol, ouvindo o canto dos pássaros, sentindo a brisa do mar. Podemos encontrá-lo em situações de grande beleza, como uma obra de arte, uma peça de música ou um poema. Podemos encontrá-lo nas atividades mais simples, como cozinhar, pintar, correr ou caminhar. Basta estarmos presentes, conectados com o momento, abertos para a experiência de vida.

Este lugar entre o instante e o infinito é um lugar de paz, de amor, de sabedoria. Não importa o quanto a vida possa ser difícil, este espaço sempre existe, sempre está presente, sempre pode nos proporcionar um momento de alívio, de alegria, de conexão. Basta que estejamos dispostos a entrar em contato com ele, a mergulhar em sua profundidade, a deixar fluir a sua energia.

Ao experimentar esse espaço, aprendemos a viver em harmonia com o tempo e com o espaço. Aprendemos que a vida é um eterno movimento, uma eterna transformação, que não podemos controlar ou prever. Aprendemos que o tempo é apenas uma ilusão, um parâmetro que usamos para nos orientar nesta experiência humana. Aprendemos que o espaço é apenas uma convenção, uma forma de nos situarmos em relação aos outros e ao mundo.

Mas, acima de tudo, aprendemos que a vida é um presente, um dom, uma bênção. Aprendemos a amar mais, a perdoar mais, a ser mais compreensivos e compassivos. Aprendemos que tudo o que precisamos está dentro de nós, que somos seres divinos, conectados com o universo, capazes de criar a nossa própria realidade.

Por isso, convido você a experimentar esse lugar entre o instante e o infinito, a descobrir a sua própria conexão com a eternidade. Descubra a sua própria meditação, a sua própria forma de conectar-se com o divino. Sinta a sua alma se expandir, a sua mente se acalmar, o seu coração se encher de gratidão. Permita-se viver em paz, em harmonia, em amor. Permita-se ser aquilo que você realmente é: um ser divino, em constante transformação.