Em 27 de abril de 1996, o time de futebol da Associação Portuguesa de Desportos embarcou em um voo fretado de São Paulo para Belém, onde enfrentaria o Remo no dia seguinte. O avião, um Fokker-100 da empresa catarinense TAM, levava 44 pessoas a bordo, entre jogadores, comissão técnica, jornalistas e tripulantes.

Porém, o sonho de uma vitória no campo se transformou em pesadelo nos céus. O avião caiu pouco antes do pouso, em uma área de mangue na Baía do Marajó, no Pará. Todos a bordo morreram instantaneamente. A notícia correu pelo país e pelo mundo, gerando uma onda de luto.

Entre as vítimas do acidente estavam alguns dos maiores talentos do futebol brasileiro da época, como Zé Maria, Capitão, Dener, Zé Roberto, César e muitos outros. Era um time talentoso e promissor, que sonhava em alcançar grandes feitos no esporte.

Após o acidente, as investigações apontaram falhas estruturais no avião, que havia sido reprovado em inspeções pelos órgãos reguladores. O laudo final divulgado pela Aeronáutica responsabilizou a empresa e o piloto, que teria adotado uma manobra errada durante a aproximação do pouso.

Mas nada disso seria capaz de apagar a dor e a saudade que ficaram entre familiares, amigos, colegas e fãs dos jogadores da Portuguesa. A Legenda Crash se tornou uma marca de tristeza e respeito no mundo do futebol, sendo relembrada em diversas homenagens ao longo dos anos.

Porém, mais do que isso, o acidente evidenciou a importância da segurança e da responsabilidade no transporte aéreo. A partir de então, as companhias aéreas passaram a ser mais rigorosas nos testes de manutenção e nas inspeções dos aviões, visando a evitar novas tragédias como essa.

Hoje, 24 anos após a Legenda Crash, ainda sentimos a falta dos craques do futebol que perdemos naquele dia. Mas sua memória segue viva e inspira novos talentos a darem o melhor de si no esporte, sempre com a consciência de que a vida é frágil e precisa ser valorizada a cada momento.